domingo, dezembro 17, 2006

lema

Pouco se aproveita das conversas cotidianas ou pelo menos pouco acho que se aproveita...
Mas dia desses ouvindo uma conversa pouco profunda. [Em geral eu ouço a conversa alheia com mais entusiasmo que as minhas próprias. Um voyerismo verbal]
Enfim, estava eu num churrasco e entre todos os excessivos barulhos, um senhor conversava sobre a família.
Meu pai quando chegava em casa, nós eramos 16 filhos. Chegava com duas lapas de rapadura. Daí pedia: Mulher me dá o facão! Ele pegava e tchum, tchum tchum e partia tudo e dava pra meninada. Minha mãe ainda questionava: Mas homê não vai guardar nada pra depois não?
Aí ele dizia: O que é pouco a gente não guarda
Se farta logo e se assossega
Guardei isso pra minha vida. Eu que sempre me preocupei em economizar sentimentos. Mania de ser reservado e se reservar. Já que a essência é pouca, melhor gastar logo tudo que viver a a vontade eterna de se usar.