sexta-feira, novembro 17, 2006

Guenta a mão

Eu me encaminho pra janela
Penduro o braço
A mão acena para as cigarras
Havia cravos entre os dedos
Hoje, só flores na lapela
Isso que fazem com minhas revoluções
Isso que eu faço com minhas revoluções
No fundo eu é que não sei
não sei, não sei...
meter as mãos, as pernas, cabeça
No canto há um cinzeiro
Vazio, desuso puro
Pra que mais fumaça me inebriando?
Sabe, o mundo podia era acabar agora
Que eu pulava da varanda
Ao som de vidros quebrando
E fingia ter livre arbítrio