sexta-feira, novembro 17, 2006

Não se mete!

Meti os pés pelas mãos. Perdi o humor, perdi a paciência. Fui com muita sede ao pote cheio e me empanturrei, enchi o saco. Não era sede.

Meti os pés na cabeça. Bati forte, tive quase-amnésia. Sem explicação e sem precisar ser entendida. Sentimento pobre de não-sei-oque, de juntar pedaços e formar qualquer coisa. Sem dadaismo, por favor, não vamos pseudo-intelectualizar. Estou falando de qualquer coisa que me faça sem educação, sem paciência, sem saco, sem humor... SEM!
Meti os pés numa cabeça cheia de vazios!

Meti!
E não há nada de ideológico nessa liberdade a qualquer custo. Nem vanguardismo nesse despudor gratuito.
Meti mesmo!
e não há nada de intelectual nesse humor de meter-lhe a mão na cara.

É só falta mesmo. Falta de motivos, paciência, referência, saco e amor. Amor não, HUMOR quero dizer. É só falta.

É verdade que não faço nada para mudar. Não há nada de triste nisso. E não deveria mudar mesmo.

Invenção de moda que deixam as coisas técnicas.
Despudor e feminismo exaltados que deixam as coisas fáceis e baratas.
Liberdade a qualquer custo que deixa as coisas chatas demais.
Não há nada de errado nisso. E eu gosto mesmo!
Não é nada!